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A organização dos exercícios de força dinâmica

  • marcosporpino
  • 2 de jul.
  • 2 min de leitura

Durante e execução dos exercícios, observamos separadamente cada lado do corpo. Na análise da postura do parado em pé e da caminhada, percebemos diferenças de forma e medida entre os dois lados, relacionando esses dados com as diferenças na incidência de força. Para que os lados trabalhem em equilíbrio, buscamos organizar a ação da força entre os segmentos ósseos e as articulações.


Para que as pessoas tenham sucesso no aprendizado da boa transmissão de força, a prescrição dos exercícios deve conter estímulos adequados às diferenças funcionais de cada lado. Quando a transmissão das forças ocorre dos dois lados do corpo e de forma equilibrada entre os segmentos corporais, temos um corpo saudável.


Usamos o movimento da marcha ou da corrida para estimular o ganho de força e de percepção, necessário para alterar os padrões posturais. Além disso, utilizamos a prática regular desses dois gestos e dos exercícios de força para acumular repetições e reforçar o padrão que está sendo incentivado. Realizamos as mudanças no padrão da marcha partindo da parte inferior do corpo (pés) para a superior (cabeça), pois trabalhamos com o ajuste das articulações simultaneamente com a força de reação do solo (FRS), que vem de baixo.


A intensidade e o volume do treino de marcha e corrida devem ser proporcionais à capacidade de manutenção postural do gesto. O estresse e o cansaço alteram a qualidade do gesto motor. A dificuldade de manter um gesto pode indicar que os músculos ou o cérebro se cansaram. Quando se percebe isso, deve‑se fazer uma pausa ou até interromper o treino. O gesto mal executado reforçará padrões indesejados.


Como os praticantes dos exercícios de força treinam descalços, conseguimos observar continuamente os arcos plantares e a relação entre o retropé e o antepé (vide Figura) e efetuar eventuais correções.


Posicionamento do pé durante o exercício

Durante a avaliação inicial, observamos o avaliado descalço no parado em pé, na caminhada e na corrida, mas recomendamos que, nas sessões de marcha e corrida, use calçado adequado.


Nos exercícios unilaterais, inicialmente, pedimos para que todas as séries sejam feitas primeiro de um lado e depois do outro. Isso facilita a manutenção dos movimentos dos recém adquiridos ajustes posturais. Uma vez que o praticante já esteja familiarizado com os exercícios, eles podem ser realizados alternando o apoio a cada série realizada. A escolha da carga e do número de repetições nos exercícios de força deve ser aquela que garanta uma boa execução durante toda a série.


Pedimos que os praticantes sigam o tempo planejado de pausa, pois, como já vimos, ela é parte de um programa de treinamento. O controle do tempo da pausa entre as séries tem relação direta com a intensidade da sessão de treino: quanto menor for a pausa entre as séries, maior será a intensidade do treinamento — e vice‑versa.


Durante as sessões de treino, é normal haver flutuações de energia e de disposição, em função do momento do dia e do ritmo de vida do praticante. Em virtude dessas oscilações individuais, o profissional deve ter a sensibilidade de controlar a introdução de novas informações e exercícios, atentando ainda para o aumento no peso ou número de séries. (Trecho do livro Força Dinâmica – Postura em Movimento, de Alexandre Blass e Marcelo Semiatzh)


 
 
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